quinta-feira, 5 de novembro de 2009

"O Caldo de Pedra"



No dia 16 de Outubro, a nossa Turma (A) convidou a Turma B e os meninos do Jardim de Infância a irem à nossa sala ouvir e ver a história “ O caldo de Pedra”. A professora da turma leu a história aos meninos e aprendemos como se confecciona uma verdadeira Sopa da Pedra. Também vimos em slides – A Roda dos Alimentos e os grupos que a constituem. Devemos comer muitos legumes, hortaliças e fruta, não abusar dos doces, gorduras e não beber bebidas alcoólicas. Água! Isso sim, devemos beber 1 a 1,5 litros por dia. Para sermos saudáveis temos de fazer uma alimentação equilibrada e variada, ou seja, comer um pouco de tudo.
No final, cantamos canções alusivas ao tema da Alimentação.
Foi muito interessante e divertido!

"O Caldo de Pedra" - A história"


Um frade andava no peditório. Chegou à porta de um lavrador, não lhe quiseram aí dar esmola. O frade estava a cair com fome, e disse :
Vou ver se faço um caldinho de pedra …
- E pegou numa pedra do chão, sacudiu-lhe a terra e pôs-se a olhar para ela, para ver se era boa para fazer um caldo. A gente da casa pôs-se a rir do frade e daquela lembrança. Perguntou o frade :
- Então nunca comeram caldo de pedra? Só lhes digo que é uma coisa boa.
Responderam-lhe :
- Sempre queremos ver isso!
Foi o que o frade quis ouvir. Depois de ter lavado a pedra, pediu :
- Se me emprestassem aí um pucarinho…
Deram-lhe uma panela de barro. Ele encheu-a de água e deitou-lhe a pedra dentro.
- Agora, se me deixassem estar a panelinha aí ao pé das brasas…
Deixaram. Assim que a panela começou a chiar, tornou ele :
- Com um bocadinho de unto, é que o caldo ficava um primor!
Foram-lhe buscar um pedaço de unto. Ferveu, ferveu, e a gente da casa pasmada pelo que via. Dizia o frade, provando o caldo :
- Está um bocadinho insosso. Bem precisava de uma pedrinha de sal.
Também lhe deram o sal. Temperou, provou e afirmou :
- Agora é que, com uns olhinhos de couve o caldo ficava que até os anjos o comeriam!
A dona da casa foi à horta e trouxe-lhe duas couves tenras.
O frade limpou-as e ripou-as com os dedos, deitando as folhas na panela.
Quando os olhos já estavam aferventados, disse o frade :
- Ai, um naquinho de chouriço é que lhe dava uma graça…
Trouxeram-lhe um pedaço de chouriço. Ele botou-o à panela e, enquanto se cozia, tirou do alforje pão e arranjou-se para comer com vagar. O caldo cheirava que era uma regalo. Comeu e lambeu o beiço. Depois de despejada a panela, ficou a pedra no fundo. A gente da casa, que estava com os olhos nele, perguntou:
- Ó senhor frade, então a pedra?
Respondeu o frade :
- A pedra lavo-a e levo-a comigo para outra vez.
E assim comeu onde não lhe queriam dar nada.

Vamos fazer uma "SOPA DE PEDRA"?


Ingredientes:
•1/2 l de feijão-encarnado
•1 kg de orelha e cabeça de porco
•200 grs de entrecosto
•250 grs de carne de vaca para cozer
•100 grs de toucinho entremeado
•1 chouriço
•1 morcela
•1 couve-lombarda
•400 grs de batatas
•2 cenouras
•2 cebolas
•2 dentes de alho
•sal q.b.
•1 farinheira
•hortelã e coentros q.b. (facultativo)
Confecção:
De véspera raspam-se e limpam-se bem a orelha e cabeça de porco, salgam-se juntamente com o entrecosto e põe-se o feijão de molho. No dia seguinte lavam-se as carnes e os enchidos e põem-se a cozer em água e sal. Separadamente, põe-se também o feijão a cozer em água. À medida que forem cozendo, vai-se retirando as carnes sucessivamente, para não se espapaçarem, visto que a carne de porco coze muito mais depressa que a de vaca, o mesmo acontecendo com a morcela em relação ao chouriço. Logo que se retirarem todas as carnes, juntam-se cortadas em pedaços, a couve, as cenouras, a cebola, os alhos picados, e algum tempo depois as batatas também em pedaços. Entretanto, escorre-se o feijão, do qual se retiram duas conchas que se passam no passe-vite. Quando os legumes estiverem cozidos juntam-se-lhe os feijões inteiros e os passados. Deixa-se ferver tudo para apurar e rectifica-se de sal. Cortam-se as carnes de porco e de vaca em bocados, os enchidos em rodelas e o toucinho em fatias. Deitam-se as carnes na panela e, logo que levantar fervura, adicionam-se os enchidos e o toucinho, servindo-se imediamente. Empregando a farinheira deve pôr-se a cozer juntamente com as carnes, tendo em conta que o seu tempo de cozedura é muito rápido. Temperando com coentros, devem deitar-se ao mesmo tempo que os legumes. Se for o caso de se empregar hortelã, basta juntar um ramo ao mesmo tempo que os enchidos. Por gracinha põe-se em cada prato uma pedra redonda, tipo seixo rolado do rio, mas previamente bem lavada.
(Esta receita foi obtida no site ROTEIRO GASTRONÓMICO DE PORTUGAL)