quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Escola é ...





  • ...fixe porque jogamos à bola e à apanhada. (João)
  • ...para aprender. (Pedro)
  • ...boa para aprender com os professores que nos ensinam coisas. (Beatriz)
  • ...muito bonita e é onde brincamos. (Joaninha)
  • ...um sítio de que eu gosto muito, brinco no recreio e faço muitas coisas na sala. (Maria Inês)
  • ...muito importante para os meninos aprenderem o abecedário. (Rafael)
  • ...fixe porque os professores ensinam coisas fantásticas. (Érica)
  • ...bonita, engraçada e fixe, é onde aprendo muitas coisas de Matemática, Estudo do Meio, … (Maria)
  • ...importante para nós aprendermos. (Juliana)
  • ...divertida porque brincamos com os colegas. (Francisco)
  • ...divertida: posso brincar com os meus amigos, aprendo Inglês, Música e outras coisas. (Ruben)
  • ...para nós aprendermos. (Inês)
  • ...boa para aprender coisas novas. (Rita)
  • ...onde os meninos aprendem a ler, escrever, a fazer contas de somar, multiplicar, de dividir e outras coisas. (Catarina)
  • ...para aprender a ler, escrever e estudar. (Joana)
  • ...importante para aprender coisas. (Lara)
  • ...muito divertida. (Miguel)
  • ...muito engraçada e importante, os professores explicam muitas coisas aos meninos. (Ana Catarina)

Turma A

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Projecto: Mini-Olimpíadas da Leitura


O Sapo Apaixonado


O Sapo sentia-se esquisito, não sabia se estava feliz ou triste. Tinha andado a semana inteira como que a sonhar.
Então encontrou o Porquinho, que lhe disse que ele podia estar constipado e tinha que ir para a cama. Mas o Sapo continuou o seu caminho. Estava preocupado. Passou por casa da sua amiga Lebre e disse-lhe que tinha uma coisa no peito que fazia tum-tum.
A Lebre pensou muito, como um verdadeiro doutor. Depois disse-lhe que era do coração e que o coração dela também fazia tum-tum.
Mas o coração do Sapo, de vez em quando, fazia tum-tum mais depressa do que o costume. Então a Lebre foi à estante, tirou um livro e começou a virar as folhas: descobriu que o Sapo estava apaixonado! O Sapo ficou tão contente que saltou pela porta fora.
O Porquinho assustou-se quando o Sapo caiu do céu. O Sapo disse ao Porquinho que estava apaixonado ele perguntou-lhe por quem. Ele disse-lhe ao Porquinho que estava apaixonado pela linda e adorável Patinha branca.
O Porquinho disse ao Sapo que ele era verde e a Patinha era branca. O Sapo não se importou com isso.
Não sabia escrever mas sabia fazer bonitas pinturas. Então, quando chegou a casa fez um desenho com vermelho, com azul, e verde, que era a sua cor preferida.
À noite quando já estava escuro, saiu com a pintura e enfiou-a debaixo da porta da Patinha branca.
O Sapo, com a emoção, tinha o coração a bater com toda a sua força.
A Pata ficou admirada e perguntou a si própria quem lhe teria dado aquela pintura.
No dia seguinte, o Sapo foi colher um belo ramo de flores, para oferecer à Pata branca.
Quando chegou à porta da Pata não teve coragem para a enfrentar, então pôs as flores na soleira da porta e fugiu.
A Pata andava muito contente com todos aqueles presentes.
Coitado do Sapo, perdeu o apetite, e não conseguia dormir... As coisas continuaram assim durante semanas.
Então, o Sapo pensou em fazer uma coisa que ninguém tinha feito, decidiu bater o recorde do mundo do salto em altura.
Pensou que a Patinha ia ficar surpreendida, e depois ia gostar dele. E começou logo a praticar.
Praticou dias a fio. Saltava cada vez mais alto. Nenhum sapo no mundo tinha saltado tão alto.
A Pata perguntou a si mesma o que é que teria o Sapo. Saltar assim é muito perigoso.
Tinha razão, às duas horas e treze minutos, da tarde de sexta-feira, as coisas correram muito mal. O Sapo estava a dar o salto mais alto da história, mas perdeu o equilíbrio e caiu no chão.
A Pata que ia a passar naquele mesmo instante, foi a correr ajudá-lo. O Sapo não conseguia andar.
A Pata tratou dele com ternura. E disse que o Sapo podia ter-se matado! Também disse que o Sapo tinha de ter cuidado e que gostava muito dele!
O Sapo finalmente disse que também gostava muito da Pata. Ele tinha o coração a bater mais depressa do que nunca, e ficou com a cara muito verde.
A partir daí viveram felizes para sempre.
Um Sapo e uma Pata... Verde e branca.
O Amor não conhece impedimentos.

FIM

Carla 173

PNEP - Projecto "Palavras Desenhadas Por Nós"

Produção de texto colectivo - Turma A

O Leão Tico

Numa época distante em que as bruxas andavam de vassoura, havia um Leão chamado Tico que, em tempos, tinha sido um belo cavaleiro, de nome Lancelot, daqueles cavaleiros de barba rija, valentes e sempre preparados para uma boa briga… Mas um dia, um bruxa má seduziu-o, transformou-o num leão e condenou-o a viver como animal de estimação de um cientista maluco. Bem, talvez fosse mais uma cobaia nas mãos de tão louco personagem. O cientista tinha um aspecto alucinado e andava sempre a realizar experiências. Havia quem dissesse que nunca o tinha visto dormir…
O Tico tinha um rosto sereno, pêlo brilhante, os olhos verdes, o nariz pequeno e um sorriso brincalhão. Vivia num castelo, feito de pedra, guardado por um dragão, num planeta chamado Tristurno. Era um planeta muito grande e longe do Sol. Por isso, fazia muito frio e tudo era muito sombrio e triste.
O cientista, de nome Meltim, era muitas vezes confundido com um louco, pelas suas previsões do futuro e pelas suas estranhas invenções. Um dia, decidiu acabar com o frio e enviou o Tico numa missão ultra-secreta: ir buscar alguns raios de Sol num outro planeta da galáxia. Construiu um foguetão, cheio de luz, para que o Tico partisse para o espaço à procura de um planeta cheio de sol. Lá foi o Tico, um pouco amedrontado, pois nunca tinha andado de foguetão, e depois de muito tempo de viagem pelo espaço aterrou num lindo planeta azul, cheio de raios de sol, montanhas, prados verdejantes e água… muita água…
Poisou numa ilha no meio do mar. Uma ilha muito bonita cheia de luz e calor. Era a Ilha do Imperador, conhecida por aparecer apenas para alguém que fosse um pirata de corpo e alma ou viajante do espaço.
Agarrou numa máquina, um raiómetro, que o cientista tinha inventado, e começou a apanhar raios de sol. A certa altura, viu-se cercado por muitos piratas. Um deles segurava um mapa. Era um mapa de um tesouro que estava escondido naquela ilha: um baú de moedas de ouro, fios e colares preciosos.
O capitão dos piratas era conhecido por Barba Negra, tinha fama pela sua crueldade, pois metia tanto medo, que todos desistiam de lutar assim que o vissem ou que avistassem a sua bandeira. E mais! Até a sua tripulação o temia!!! Tinha uma aparência aterrorizadora, pois levava sempre um archote aceso (usado para disparar canhões) debaixo do chapéu para a batalha. Transportava normalmente, dois cintos de armas, cada um com três coldres de pistola. A sua bandeira simbolizava o diabo com um arpão na mão esquerda apontando para o coração, enquanto segurava uma ampulheta com a mão direita. Este desenho indicava que quem seria abordado tinha o tempo contado e que se não quisesse morrer que se entregasse.
O Tico começou a lutar com todas as suas forças. E ao tocar numa espada de um dos piratas, como que por magia, transformou-se novamente no cavaleiro que tinha sido. O feitiço tinha chegado ao fim. Mas a magia ainda não tinha acabado, ao longe algo se aproximava rapidamente. Era um cavalo, não um cavalo qualquer, mas o Alazão, o cavalo preto do cavaleiro, de excepcional agilidade, grande coragem e inconfundível. O Alazão era um cavalo alado, tinha asas e voava.
Os piratas assustaram-se. Julgaram tratar-se de um druida com poderes infinitos. Tinham ouvido falar de alguém assim, um mago das profundezas do oceano que tinha um cavalo negro e acreditavam que ele podia arrastar barcos com tudo que havia dentro para o seu mundo submarino. Por isso, os piratas fugiram o mais depressa possível daquela ilha, para nunca mais voltarem.
Lancelot voltou ao seu planeta. Agora é um planeta brilhante, talvez o mais brilhante da Galáxia e está cada vez mais parecido com o tal Planeta Azul, que chamam de Terra.
Lancelot encontrou a felicidade casando com a princesa Kaina que, durante estes anos todos, não se tinha cansado de esperar pelo seu cavaleiro.
O cientista, esse continua a fazer experiências e adivinhem o que é que ele inventou?
- Um chapéu duplo, para cobra de duas cabeças!!!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"História escrita de casa em casa"



Projecto de Literacia Familiar: Pais e alunos elaboraram esta história - Turma B

“A Árvore dos Livros”

Era uma vez uma menina que vivia numa casa muito velhinha. Essa menina chamava-se Daniela, tinha 21 anos, olhos castanhos, cabelos compridos, lisos e ruivos e era alta e magra. Gostava muito de estudar. Lia todos os livros que tinha em sua casa. Leu tanto… tanto… tanto… que acabaram os livros. Então, começou a pensar numa maneira de resolver este problema. Pensou… pensou… pensou… e lembrou-se de cultivar livros.
Tirou da estante o seu livro preferido, pegou nas ferramentas necessárias e foi para o jardim. Abriu um buraco e semeou-o. Todos os dias, a menina regava o livro que tinha semeado.
Com a chegada da Primavera, começou a nascer da terra uma linda árvore. Dia após dia, a pequena planta começava a tornar-se numa bela e grande árvore.
Certo dia, como de costume, a menina, pela manhã, foi visitar a sua árvore. Os seus olhos castanhos brilharam mais do que o Sol, pois a árvore estava cheia de magníficos livros, que nunca tinha visto. Então, a menina, que estava tão encantada com os livros que a árvore lhe tinha dado, começou a lê-los.
Ao ler um dos livros, pensou que havia muitos mais meninos pobres e com interesse na leitura. Começou a plantar mais livros para assim poder distribuí-los pelos meninos de todo o Mundo.
Passado algum tempo, depois de ter colhido todos os livros, a Daniela resolveu ir pedir à sua melhor amiga, a Rita, que a ajudasse a entregar os livros ao maior número de meninos que conseguissem encontrar. Começaram, logo, pelos da sua aldeia. Ao entregar o primeiro livro, sentiram-se muito contentes, pois tinham feito alguém ficar feliz, apenas com um gesto tão simples, como o de dar, e lá continuaram as duas a entregar livros até à próxima paragem.
Elas continuaram a distribuir os livros pelas crianças que não tinham dinheiro para os comprar. Passado algum tempo, a Daniela sentou-se numa pedra, cansada de tanto andar, e acabou por adormecer. Quando acordou, contou à Rita que afinal os meninos possuíam a maior riqueza do Mundo, o gosto pela leitura.
No dia seguinte, a Daniela pensou em fazer algo diferente: formou um Clube de Leitura. O clube iria ajudar todas as pessoas que não sabiam ler.
As duas amigas, escolhiam, todos os dias, uma pequena história e contavam-na para as crianças e idosos.
- Os livros dão-nos muita sabedoria - dizia a Daniela.
Noutro dia, a Daniela descobriu um livro muito interessante. Tratava-se de uma história romântica. Ela pediu à sua amiga Rita que o lesse no Clube de Leitura.
O Clube de Leitura tornou-se num local de encontro de todos os habitantes da aldeia onde ouviam as histórias e contavam as suas próprias histórias. E foi através desse clube, e das lindas histórias que a Daniela e a Rita liam, que as pessoas daquela aldeia, aquelas que nunca tinham andado na escola, tiveram uma grande ideia: pedir às duas amigas que as ensinassem a ler e a escrever. Sem pestanejarem, elas aceitaram o desafio. Era maravilhosa, a ideia, e iria dar-lhes muito prazer. Pediram, então, a todos os que quisessem aprender, e também a quem o já sabia fazer, que comparecessem junto à árvore dos livros, todos os dias, depois do almoço. Para espanto delas, logo da primeira vez, toda a aldeia estava presente!
A aldeia foi crescendo, construíram-se escolas e até universidades. Todos querem estudar lá. Crê-se que hoje, a aldeia, que entretanto já é uma cidade, é a mais letrada do país, onde o simples acto de ler torna as pessoas mais felizes e melhores cidadãos.

FIM