sexta-feira, 22 de maio de 2009

PNEP - Projecto "Palavras Desenhadas Por Nós"

Produção de texto colectivo - Turma A

O Leão Tico

Numa época distante em que as bruxas andavam de vassoura, havia um Leão chamado Tico que, em tempos, tinha sido um belo cavaleiro, de nome Lancelot, daqueles cavaleiros de barba rija, valentes e sempre preparados para uma boa briga… Mas um dia, um bruxa má seduziu-o, transformou-o num leão e condenou-o a viver como animal de estimação de um cientista maluco. Bem, talvez fosse mais uma cobaia nas mãos de tão louco personagem. O cientista tinha um aspecto alucinado e andava sempre a realizar experiências. Havia quem dissesse que nunca o tinha visto dormir…
O Tico tinha um rosto sereno, pêlo brilhante, os olhos verdes, o nariz pequeno e um sorriso brincalhão. Vivia num castelo, feito de pedra, guardado por um dragão, num planeta chamado Tristurno. Era um planeta muito grande e longe do Sol. Por isso, fazia muito frio e tudo era muito sombrio e triste.
O cientista, de nome Meltim, era muitas vezes confundido com um louco, pelas suas previsões do futuro e pelas suas estranhas invenções. Um dia, decidiu acabar com o frio e enviou o Tico numa missão ultra-secreta: ir buscar alguns raios de Sol num outro planeta da galáxia. Construiu um foguetão, cheio de luz, para que o Tico partisse para o espaço à procura de um planeta cheio de sol. Lá foi o Tico, um pouco amedrontado, pois nunca tinha andado de foguetão, e depois de muito tempo de viagem pelo espaço aterrou num lindo planeta azul, cheio de raios de sol, montanhas, prados verdejantes e água… muita água…
Poisou numa ilha no meio do mar. Uma ilha muito bonita cheia de luz e calor. Era a Ilha do Imperador, conhecida por aparecer apenas para alguém que fosse um pirata de corpo e alma ou viajante do espaço.
Agarrou numa máquina, um raiómetro, que o cientista tinha inventado, e começou a apanhar raios de sol. A certa altura, viu-se cercado por muitos piratas. Um deles segurava um mapa. Era um mapa de um tesouro que estava escondido naquela ilha: um baú de moedas de ouro, fios e colares preciosos.
O capitão dos piratas era conhecido por Barba Negra, tinha fama pela sua crueldade, pois metia tanto medo, que todos desistiam de lutar assim que o vissem ou que avistassem a sua bandeira. E mais! Até a sua tripulação o temia!!! Tinha uma aparência aterrorizadora, pois levava sempre um archote aceso (usado para disparar canhões) debaixo do chapéu para a batalha. Transportava normalmente, dois cintos de armas, cada um com três coldres de pistola. A sua bandeira simbolizava o diabo com um arpão na mão esquerda apontando para o coração, enquanto segurava uma ampulheta com a mão direita. Este desenho indicava que quem seria abordado tinha o tempo contado e que se não quisesse morrer que se entregasse.
O Tico começou a lutar com todas as suas forças. E ao tocar numa espada de um dos piratas, como que por magia, transformou-se novamente no cavaleiro que tinha sido. O feitiço tinha chegado ao fim. Mas a magia ainda não tinha acabado, ao longe algo se aproximava rapidamente. Era um cavalo, não um cavalo qualquer, mas o Alazão, o cavalo preto do cavaleiro, de excepcional agilidade, grande coragem e inconfundível. O Alazão era um cavalo alado, tinha asas e voava.
Os piratas assustaram-se. Julgaram tratar-se de um druida com poderes infinitos. Tinham ouvido falar de alguém assim, um mago das profundezas do oceano que tinha um cavalo negro e acreditavam que ele podia arrastar barcos com tudo que havia dentro para o seu mundo submarino. Por isso, os piratas fugiram o mais depressa possível daquela ilha, para nunca mais voltarem.
Lancelot voltou ao seu planeta. Agora é um planeta brilhante, talvez o mais brilhante da Galáxia e está cada vez mais parecido com o tal Planeta Azul, que chamam de Terra.
Lancelot encontrou a felicidade casando com a princesa Kaina que, durante estes anos todos, não se tinha cansado de esperar pelo seu cavaleiro.
O cientista, esse continua a fazer experiências e adivinhem o que é que ele inventou?
- Um chapéu duplo, para cobra de duas cabeças!!!

1 comentário:

  1. Sim senhor, Senhor Professor!
    Vê como vale sempre a pena fazer a diferença!
    Gostei! Os nossos alunos merecem e a escola pública também.
    PARABÉNS!
    tinaceu@sapo.pt/penep-condeixa

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