sexta-feira, 22 de maio de 2009

Projecto: Mini-Olimpíadas da Leitura


O Sapo Apaixonado


O Sapo sentia-se esquisito, não sabia se estava feliz ou triste. Tinha andado a semana inteira como que a sonhar.
Então encontrou o Porquinho, que lhe disse que ele podia estar constipado e tinha que ir para a cama. Mas o Sapo continuou o seu caminho. Estava preocupado. Passou por casa da sua amiga Lebre e disse-lhe que tinha uma coisa no peito que fazia tum-tum.
A Lebre pensou muito, como um verdadeiro doutor. Depois disse-lhe que era do coração e que o coração dela também fazia tum-tum.
Mas o coração do Sapo, de vez em quando, fazia tum-tum mais depressa do que o costume. Então a Lebre foi à estante, tirou um livro e começou a virar as folhas: descobriu que o Sapo estava apaixonado! O Sapo ficou tão contente que saltou pela porta fora.
O Porquinho assustou-se quando o Sapo caiu do céu. O Sapo disse ao Porquinho que estava apaixonado ele perguntou-lhe por quem. Ele disse-lhe ao Porquinho que estava apaixonado pela linda e adorável Patinha branca.
O Porquinho disse ao Sapo que ele era verde e a Patinha era branca. O Sapo não se importou com isso.
Não sabia escrever mas sabia fazer bonitas pinturas. Então, quando chegou a casa fez um desenho com vermelho, com azul, e verde, que era a sua cor preferida.
À noite quando já estava escuro, saiu com a pintura e enfiou-a debaixo da porta da Patinha branca.
O Sapo, com a emoção, tinha o coração a bater com toda a sua força.
A Pata ficou admirada e perguntou a si própria quem lhe teria dado aquela pintura.
No dia seguinte, o Sapo foi colher um belo ramo de flores, para oferecer à Pata branca.
Quando chegou à porta da Pata não teve coragem para a enfrentar, então pôs as flores na soleira da porta e fugiu.
A Pata andava muito contente com todos aqueles presentes.
Coitado do Sapo, perdeu o apetite, e não conseguia dormir... As coisas continuaram assim durante semanas.
Então, o Sapo pensou em fazer uma coisa que ninguém tinha feito, decidiu bater o recorde do mundo do salto em altura.
Pensou que a Patinha ia ficar surpreendida, e depois ia gostar dele. E começou logo a praticar.
Praticou dias a fio. Saltava cada vez mais alto. Nenhum sapo no mundo tinha saltado tão alto.
A Pata perguntou a si mesma o que é que teria o Sapo. Saltar assim é muito perigoso.
Tinha razão, às duas horas e treze minutos, da tarde de sexta-feira, as coisas correram muito mal. O Sapo estava a dar o salto mais alto da história, mas perdeu o equilíbrio e caiu no chão.
A Pata que ia a passar naquele mesmo instante, foi a correr ajudá-lo. O Sapo não conseguia andar.
A Pata tratou dele com ternura. E disse que o Sapo podia ter-se matado! Também disse que o Sapo tinha de ter cuidado e que gostava muito dele!
O Sapo finalmente disse que também gostava muito da Pata. Ele tinha o coração a bater mais depressa do que nunca, e ficou com a cara muito verde.
A partir daí viveram felizes para sempre.
Um Sapo e uma Pata... Verde e branca.
O Amor não conhece impedimentos.

FIM

Carla 173

Sem comentários:

Enviar um comentário